Eu me recordo de quando algum amigo ganhava um folhetim de uma locadora de filmes de qualquer bairro perto de casa, a galera comprimida em volta de uma folha de papel olhando as capas e nomes dos filmes em promoção, os lançamentos, os não-lançamentos, os suspenses, os comédias, os de ação de terror... Um monte de filmes comprimidos num simples folhetim e aqueles olhares curiosos e arregalados para descobrirem a figura da capa dos filmes ou simplesmente pela curiosidade dos títulos.
Era o momento de decidir o filme que locaríamos para aquela noite.
Tivemos a glória de conseguir 5 reais! Ir pessoalmente à uma locadora e ser cercado por todos aqueles filmes e ficar com vontade de levar a locadora inteira. Qual criança dos anos 90 nunca pensou nisso?
Após retirar o filme todo mundo quer olhar de perto a capa do filme, ler a sinopse, tocar. A hora da sessão de cinema é aguardada com ansiedade por todos, e chegada a hora todos se silenciam e apreciam a obra do início ao fim.
Tivemos a glória de conseguir 5 reais! Ir pessoalmente à uma locadora e ser cercado por todos aqueles filmes e ficar com vontade de levar a locadora inteira. Qual criança dos anos 90 nunca pensou nisso?
Após retirar o filme todo mundo quer olhar de perto a capa do filme, ler a sinopse, tocar. A hora da sessão de cinema é aguardada com ansiedade por todos, e chegada a hora todos se silenciam e apreciam a obra do início ao fim.
Após os filmes, os comentários. E na devolução, aquele aperto no coração de devolver um filme tão adorado, ou a vontade de levar outro que traga as mesmas sensações e diversões. Pena que nunca mais poderei ter a liberdade de vagar livre por uma locadora escolhendo e lendo sinopses, títulos, atores, diretores, capas de filmes. Pena não poder mais pegar um lançamento e levar de graça um antigo...
Agora que vejo as locadoras sempre fecharem, sempre mudando para lugares menores aos montes, isso me deixa com o coração apertado, ver que a sensação, uma parte da infância de muitas crianças que hoje cresceram, está simplesmente acabando. Seria mais ou menos como se as lojas de jogos estivesse em decadência para os mais novos...
Vão-se empregos, indústrias ramificadas... vão-se lembranças.
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